Presidente do Campinense não resiste a situação e renuncia


Campina Grande, PB - Nesta Terça (16), na Associação Campinense de Imprensa, estava marcada uma Assembléia Geral, pelo Conselho Deliberativo do Campinense Clube, que iria analisar o processo de destituição do cargo do Presidente Rômulo Leal (foto). Esta reunião não mais acontecerá e cabe ao Conselho publicar, o mais rápido possível, o edital marcando novas eleições. O motivo? Rômulo Leal renunciou ao cargo de Presidente. 

Após assumir o comando da Raposa no dia 8 de junho, com a saída de Saulo Minah, Rômulo sofreu um inevitável desgaste, com o passar do tempo. Contribuíram para esse desgaste, entre outros fatores:
  • A existência de muitas dívidas herdadas de administrações anteriores, principalmente as feitas durante a Série B de 2009 e a incapacidade de pagá-las;
  • O constante atraso de salários durante a Série C, embora o time, ao final da competição tenha conseguido, a permanência na terceira divisão;
  • Questões salariais não resolvidas, também na Copinha, promessas não cumpridas, cheques sem fundo;
  • Parceria com Edson Cândido, o qual nunca foi bem visto pela torcida e muito menos pela imprensa;
  • O “isolamento” de Rômulo, que não foi capaz de conseguir crédito, ou parceiros, que ao menos pudesse ter resolvido os problemas salariais durante a Série C e Copa Paraíba.
Durante estes cinco meses, aconteceram muitas tentativas frustradas de resolver os problemas administrativos e financeiros, parcerias que não vingaram e ainda por cima o que poderia acalmar os ânimos da torcida e da imprensa não aconteceu: o título da Copa Paraíba. Mesmo com tantos problemas o Campinense havia conseguido o feito de vencer cinco partidas consecutivas e quando estava prestes a fazer uma final contra o Botafogo, “salvar” o ano, conquistar uma vaga na Copa do Brasil, perde a chance ao ser goleado pelo CSP.
Foi quando a casa caiu. Para acabar de complicar a situação de Rômulo Leal, mais uma vez a Justiça do Trabalho determinou a penhora de bens do clube, no início de novembro. O então Presidente, que havia pedido afastamento do cargo, ao terminar o prazo estabelecido, não concordou com a sua destituição anunciada pelo Conselho Deliberativo. Tudo iria ser resolvido nesta terça (16), mas a verdade é que, não seria mais possível a permanência de Rômulo na presidência do clube. Não tinha mais clima.
Vida que segue.Em breve serão realizadas novas eleições e não adianta apenas acontecer uma alternância de nomes já conhecidos. Empresários bem sucedidos que poderão como num passe de mágica resolver os problemas do Campinense? Isso não existe! Não basta apenas montar um time para disputar o Campeonato Paraibano e Série C. É preciso mudar tudo. Desde o tratamento dado aos funcionários, à categoria de base, ao patrimônio do clube e dar uma atenção especial ao programa Sócio Torcedor. Não adianta apenas querer que a torcida contribua sempre, sem dar o mínimo de retribuição aos raposeiros e não apenas desconto de 1,00 no ingresso em dia de jogo.
Tem de acontecer uma reformulação geral, principalmente em se tratando de gestão com transparência e uma auditoria urgente. Parte da imprensa e da torcida chamavam Rômulo e a diretoria de “lisos”. Mesmo que daqui por diante os “ricos” assumam, é preciso se pensar primeiro na grandeza do Campinense Clube e no que ele representa no cenário do futebol nordestino. Com um mínimo de boa vontade e de princípios de administração, aos poucos as coisas poderão mudar de rumo para o Campinense Clube.

Basílio Neto

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