Clássico dos Maiorais

Este clássico é um dos mais acirrados do Brasil, considerado atualmente o maior do interior do brasileiro. É o clássico entre dois clubes de Campina Grande, Estado da Paraíba: Campinense Clube e Treze Futebol Clube. Também conhecido como clássico Raposa contra o Galo, já que a Raposa mascote do Campinense e Galo do Treze. A denominação Clássico dos Maiorais é de autoria do narrador esportivo Joselito Lucena (Joselito Lucen faleceu no dia 04 de fevereiro de 2011).
O Clássico dos Maiorais, que há 55 anos movimenta o futebol paraibano, guarda para o torcedor inúmeros fatos curiosos que vão muito além dos dados estatísticos que confirmam quem venceu mais, quem marcou mais, quem conquistou mais títulos etc.
O confronto entre os clubes teve início em 27 de Novembro de 1955 num jogo amistoso realizado no Estádio Municipal Plínio Lemos, que resultou na vitória do Galo por 3x0. No entanto, a rivalidade somente esquentou mesmo no dia 10 de Março de 1957, quando o Treze goleou o Campinene por 4x0 pelo Campeonato da Liga Campinense de Futebol.
A goleada feriu os brios dos diretores do Campinense que iniciaram o projeto de profissionalização da equipe. Até aquele momento, o rubro-negro era apenas um clube amador da cidade, e assim permaneceria se não fosse a rivalidade, que acabou gerando os jogos entre alvinegros e rubro-negros.
Em 18 de Agosto de 1957 houve a sexta vitória consecutiva da equipe alvinegra, e mesmo sem ainda existir o conceito da sétima, a série de derrotas passou a incomodar tanto diretores quanto jogadores do rubro-negro, e como resultado o Campinense quebrou o jejum de vitórias, derrotando o alvinegro por 2 a 1 no estádio Presidente Vargas o dia 13 de Outubro de 1957, num amistoso em homenagem ao aniversário de Campina Grande.
Alheio a estes fatos, varias sátiras foram surgindo ao longo dos anos que gradualmente foram consolidando a rivalidade entre as torcidas dos dois clubes. Porém, em 1977 teve início a mais marcante de todas as ironias já realizadas até aquela época. Depois de uma série de seis vitórias consecutivas do Campinense a Torcida Organizada da Raposa (extinta TORA), decidiu realizar uma missa de sétimo dia caso o rubro-negro obtivesse a sétima vitória sobre os alvinegros.
A brincadeira perturbou tanto os torcedores do Treze que jamais foi esquecida, embora o Campinense não tenha conseguido realizar a missa, os torcedores do Trezeguardaram o ressentimento para a década seguinte, quando deram o troco criando a ironia da “sexta”.
Em 1981 depois de cinco vitórias para os alvinegros, as torcidas organizadas do Treze levaram a campo cestas de vime para simbolizar a sexta vitória consecutiva do clube sobre o adversário. Com a concretização da “sexta”, gerou-se a expectativa em torno da missa de sétimo dia que seria a resposta dada aos rubro-negros pela sátira de 1977.
No dia 25 de Outubro de 1981, compareceram ao Estádio Amigão quase 20 mil torcedores, que presenciaram aos 45 minutos do segundo tempo, o atacante Gabriel empatar a partida numa cobrança de pênalti e impedir que a resposta fosse dada.
Decorridos 26 anos, Campinense e Treze voltaram a se encontrar sob a pressão mística de uma missa de sétimo dia, no dia 4 de fevereiro de 2007, mais uma vez, onde o Treze que vinha de 6 vitórias consecutivas sobre a raposa, queria realizar um fato inédito, enquanto o Campinense buscou inverter o quadro diante do seu principal oponente.
O Campinense ganhou do Treze por 1x0 e adiou, mais uma vez, a tão sonhada, pelas duas torcidas, Missa de 7º Dia.
Ao longo de 30 anos de expectativa em torno da missa de sétimo dia, fica uma certeza que este é um dos principais fatos que acirram um dos maiores clássicos

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